A mais músculo, melhor funciona o cérebro
É o resultado de um estudo centrado em idosos com declínio cognitivo leve
Também não há que chegar ao extremo de Paul Anderson, considerado o homem mais forte do mundo: levantou 2844.02 kg
As estatísticas apontam que, até 2050, em Portugal, uma em cada três pessoas terá mais de 65 anos. E, a nível mundial, haverá 135 milhões com demência senil. Esses números exigem novas políticas, não só econômicas, mas também de saúde para melhorar a qualidade de vida daqueles que hoje estamos lendo este artigo. Focando-se neste aspecto do futuro, um grupo de especialistas da Universidade de Sydney, foi publicado um estudo no Journal of the American Geriatrics com importantes implicações para a terceira idade. O declínio cognitivo leve (MCI por suas siglas em inglês) define aquelas pessoas que experimentam uma redução em suas habilidades cognitivas, como a memória, mas que ainda podem viver de modo independente. O MCI é um precursor para a doença de Alzheimer.
Agora, pela primeira vez, demonstra uma relação positiva entre a resistência e a força muscular e as funções do cérebro entre os maiores de 55 anos com MCI. Durante 6 meses, um grupo de voluntários, entre 55 e 80 anos, seguiu uma rotina de levantamento de peso (mais de 80% de sua força máxima), duas vezes por semana. Ao mesmo tempo outro grupo, o de controle, que não realizou nenhum tipo de exercício físico, só deu placebos e terapias cognitivas.
Enquanto os primeiros mostraram um notável aumento de suas capacidades, que persistiram até um ano depois, o segundo grupo não manifestou nenhum tipo de melhoria.
“O que descobrimos neste estudo – explica Yorgi Mavros, líder da pesquisa, em um comunicado, é que a melhoria na função cognição se relaciona com um aumento da força muscular. As pessoas mais fortes se tornaram os maiores beneficiários. Quanto mais pudermos fazer para que as pessoas mais faça um treino de resistência, como o levantamento de pesos, o mais provável é que tenhamos uma população mais saudável”.
